Descrição

Introdução: A exposição a diversos fatores e condições de trabalho pode contribuir para o sofrimento mental dos profissionais de enfermagem.Objetivo: Descrever o impacto da precarização das condições de trabalho para a saúde mental dos profissionais de enfermagem. Material e Método: Realizou-se uma revisão da literatura a partir da utilização de estudos científicos disponíveis nas bases de dados da Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS).As buscas foram realizadas no período de fevereiro a outubro de 2021, tendo como delineamento temporal a literatura publicada no período de 2017 a 2021, através da utilização dos descritores “Saúde Mental”, “Saúde do Trabalhador”, “Profissionais de Enfermagem” e ”Condições de Trabalho”.Resultados: Asobrecarga de trabalho, os plantões desgastantes, a estrutura física inadequada, os recursos humanos insuficientes, a escassez de recursos materiais e insumos, a desorganização do trabalho, o relacionamento difícil com chefia imediata foram fatores estressores que estão associados ao comprometimento da saúde mental dos profissionais de enfermagem.Setores como urgência e emergência e UTI foram ambientes destacados com condições de trabalho que favorecem o adoecimento mental destes profissionais. Os transtornos mais prevalentes foram o estresse de grau moderado e elevado, ansiedade, depressão e transtornos mentais comuns com episódios depressivos.Além disso, a pandemia da COVID-19potencializou o sofrimento mental da categoria. Conclusão: Concluiu-se que há uma necessidade de valorização do profissional de enfermagem, considerando suas condições de trabalho, de saúde e de segurança, sobretudo no contexto pandêmico.